Me afastar de Dom não foi um ato de covardia, mas também
não foi um ato de glória. Está sendo muito difícil estar “longe”. Não consigo
parar de pensar nele. De desejá-lo. Sonhar com ele. Sei que tudo passará. Sempre
passa. Pena que isto ocorra tão lentamente. Como seria bom que as coisas
pudessem ser resolvidas num estalar de dedos. Num único momento. Num curto período
de minutos.
Li uma frase do Caio Fernando Abreu que diz assim: “Supere
isso e, se não puder superar, supere o vício de falar a respeito!”. Oh, como eu desejo superar tudo isto. Falar
sobre Dom. Pensar. Sonhar. Desejar. Amar!
Mas...
não é fácil. Algum dia foi? Ou será? Acredito que não.
Quem
me trará boas novas? O dia? A noite? O tempo? A vida? Eu mesma?
O que preciso realmente superar é a minha incansável
e desgastante procura por ele. O desejo de ter notícias. A vontade de falar. A mania
de estar acompanhando-o pela sua rede social. De estar sempre sofrendo com dúvidas
e silêncios. A falsa esperança ainda plantada em mim de que ele irá me procurar
algum dia. Hoje. Amanhã, quem sabe!! Tudo isto é o que preciso superar. Esquecer. Continuar... Mas,
tenho tantas dúvidas. Tantas perguntas que não querem calar. Que acredito ter o
direito à resposta. Respostas que somente ele poderia me dar. Mas, lutarei para
não me ater a isto. Ou tentarei, pelo menos. Apesar de hoje deixar mensagem
para ele! Talvez responda. Talvez não responda! Enfim... não resisti.
Não
sei se me autodenomino fraca, sem amor próprio, masoquista ou apenas eu. Sem firulas,
prosopopeias, vergonhas ou orgulho. Apenas eu. Apaixonada, triste, solitária,
carente, desprotegida, de mim mesma. Dele. De nós!
"- você está cheio de
memórias (…) - eu sei.
Às vezes acho que não vou
esquecer.
Mas está passando. Vai passar,
vai passar."
Caio
Fernando Abreu.
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