Vou Dormir
(Tradução:
Héctor Zanetti)
Dentes
de flores, cofia de sereno,
Mãos de
ervas, tu ama-de-leite fina,
Deixa-me
prontos os lençóis terrosos
E o
edredom de musgos escardeados.
Vou
dormir, ama-de-leite minha, deita-me.
Põe-me
uma lâmpada a cabeceira;
Uma
constelação; a que te agrade;
Todas
são boas: a abaixa um pouquinho
Deixa-me
sozinha: ouves romper os brotos...
Te
embala um pé celeste desde acima
E um
pássaro te traça uns compassos
Para
que esqueças... obrigado. Ah, um encargo:
Se ele
chama novamente por telefone
Diz-lhe
que não insista, que sai...
Alfonsina Storni Martignoni nasceu em
Sala Capriasca, Suíça em 22 de maio de 1892, imigrando com os seus pais
Alfonso Storni e Paulina Martignoni e seus irmãos Romeo e Mary para a província
de San Juan na Argentina em 1896.
Com 12 anos Alfonsina escreveu seu
primeiro poema.
Em 1901, muda-se para Rosario (Santa
Fé), onde tem uma vida com muitas dificuldades financeiras. Trabalhou para o
sustento da família como costureira, operária, atriz e professora.
Seus poemas são incisivos e eficazes,
podendo ser considerada para a época em que viveu, uma feminista.
Aos 20 anos é mãe de quem será seu
único filho, Alejandro, sendo seu companheiro inseparável.
Descobre-se portadora de câncer no seio
em 1935. O suicídio de um amigo Horacio Quiroga, em 1937, abala-a
profundamente.
Em 1938, três dias antes de se suicidar, envia de um hotel de Mar del Plata para um jornal, o soneto “Voy a Dormir”.
Em 1938, três dias antes de se suicidar, envia de um hotel de Mar del Plata para um jornal, o soneto “Voy a Dormir”.
Consta que suicidou-se andando para
dentro do mar — o que foi poeticamente registrado na canção "Alfonsina y
el mar", gravada por Mercedes Sosa.
Seu corpo foi resgatado do mar no dia
25 de outubro de 1938. Alfonsina tinha 46 anos.
OBRAS
- Dos farsas
pirotécnicas. Buenos Aires: Cabaut. Teatro.
- La inquietud del
rosal. Buenos Aires: Librería de La
Facultad, 1916. Poesía.
- El dulce daño. Buenos
Aires: Sociedad Cooperativa Editorial
Limitada, 1918. Poesía.
- Irremediablemente. Buenos
Aires: Sociedad Cooperativa Editorial
Limitada, 1919. Poesía.
- Languidez. Buenos
Aires: Sociedad Cooperativa Editorial
Limitada, 1920. Poesía.
- Ocre. Buenos
Aires: Babel, 1925. Poesía.
- Poemas de amor. Buenos
Aires: Porter, 1926. Poesía.
- Mundo de siete
pozos. Buenos Aires: Tor, 1934. Poesía.
- Mascarilla y
trébol. Buenos Aires: Mercatali, Impr., 1938. Poesía.
- Entre un par de maletas a
medio abrir y Las maneci. Buenos Aires: Ediciones Católicas
Argentinas, Tall. Graf. De, 1939. Discurso/Conferencia.
- Teatro infantil. Buenos
Aires: R.J. Roggero, 1950. Teatro.
- Cinco cartas y una
golondrina. Buenos Aires: Inst. Amigos del Libro
Argentino, 1959. Miscelánea.
- Obra poética completa.
Poesías completas. Buenos Aires: Sela, 1968. Poesía.
Fontes:
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