sexta-feira, 29 de julho de 2016
Ser feliz...
“[...] Gostaria que você sempre se
lembrasse de que ser feliz
não é ter um céu sem
tempestades,
caminhos sem acidentes,
trabalhos sem fadigas,
relacionamentos sem decepções.
Ser feliz é encontrar força no
perdão, esperança nas batalhas,
segurança no palco do medo, amor nos
desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o
sorriso,
mas refletir sobre a tristeza.
Não é apenas ter júbilo nos
aplausos,
mas encontrar alegria no anonimato.
... Desejo que a vida se torne um
canteiro de oportunidades
para você ser feliz. E, quando você
errar o caminho, recomece.
Pois assim você descobrirá que ser
feliz não é ter uma vida perfeita.
Mas usar as lágrimas para irrigar a
tolerância.
Usar as perdas para refinar a
paciência.
Usar as falhas para lapidar o
prazer.
Usar os obstáculos para abrir as
janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível,
ainda que se apresentem dezenas de
fatores a demonstrarem o contrário.”
Augusto Cury
Descubra o próprio jardim!
“Enfeite-se com margaridas e
ternuras
E escove a alma com flores
Com leves fricções de esperança
De alma escovada e coração acelerado
Saia do quintal de si mesmo
E descubra o próprio jardim.”
Com leves fricções de esperança
De alma escovada e coração acelerado
Saia do quintal de si mesmo
E descubra o próprio jardim.”
Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 28 de julho de 2016
Conforto na alma.
“A vida pode
ficar muito pequena quando olhamos para ela com o olhar estreito. O tédio
acontece quando nos afastamos da capacidade de nos encantarmos com as coisas
mais simples do mundo. Porque para se estar aqui com um pouco que seja de
conforto na alma há que se ter riso. Há que se ter fé. Há que se ter a poesia
dos afetos. Há que se ter um olhar viçoso. E muita criatividade.”
Ana
Jácomo.
Sinto falta de você... Sinto Saudades.
“Por
que sinto falta de você? Por que esta saudade?
Eu
não te vejo, mas imagino suas expressões, sua voz, teu cheiro...
Saudade,
este sentimento de vazio que me tira o sono...”
Machado
de Assis
Liberdade.
“Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.”
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.”
Sophia
de Mello Breyner Andresen, in “Mar Novo”.
“Alma Animal”
O fotógrafo britânico Robert
Bahou cresceu numa
casa onde os animais transitavam livremente. Gatos, cachorros e até
mesmo cavalos marcaram sua infância e fizeram com que
seu olhar pudesse captar, no futuro, a “Alma Animal”.
Animal Soul é o primeiro livro de fotografias do
artista, financiado via Kickstarter. Para
compor a publicação, Robert contou que fez uma cuidadosa curadoria dos animais,
a fim de captá-los de perto; e acrescenta que os animais têm uma relação
diferente da nossa ao serem fotografados: “Eles não se ajustam, não escolhem seu melhor lado,
já têm o rosto preparado e não escondem nada. O que
nos resta é um momento verdadeiramente honesto entre eles e a câmera”.
Abaixo o vídeo de apresentação do projeto e algumas das fotos que podem ser encontradas no livro:
Abaixo o vídeo de apresentação do projeto e algumas das fotos que podem ser encontradas no livro:
Todas as
fotos © Robert Bahou
Saiba mais sobre o livro aqui.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Desafios!
[Ilustração: © Michael Whelan]
A vida só é possível através dos desafios.
A vida só é possível quando você tem
tanto o bom tempo quanto o mau tempo,
quando tem prazer e dor;
quando tem inverno e verão, dia e noite;
quando tem tristeza tanto quanto felicidade,
desconforto tanto quanto conforto.
A vida passa entre essas duas polaridades.
Movendo-se entre essas duas polaridades,
você aprende a se equilibrar.
Entre essas duas asas,
você aprende a voar até a estrela mais brilhante.
A vida só é possível quando você tem
tanto o bom tempo quanto o mau tempo,
quando tem prazer e dor;
quando tem inverno e verão, dia e noite;
quando tem tristeza tanto quanto felicidade,
desconforto tanto quanto conforto.
A vida passa entre essas duas polaridades.
Movendo-se entre essas duas polaridades,
você aprende a se equilibrar.
Entre essas duas asas,
você aprende a voar até a estrela mais brilhante.
Osho.
Sonhos...
“Os sonhos não determinam o
lugar onde vocês vão chegar,
mas produzem a força necessária para tirá-los
do
lugar em que vocês estão.”
Augusto Cury
Temos todo o tempo do mundo!
“O plural de
mim, somos nós!
E o plural de agora é, eternamente!
Por isso, temos tempo…!
Nós
temos todo o tempo do mundo!”
João Morgado
[In: Diário dos
Imperfeitos]
segunda-feira, 25 de julho de 2016
POETISA DA SEMANA: Alfonsina Storni.
Vou Dormir
(Tradução:
Héctor Zanetti)
Dentes
de flores, cofia de sereno,
Mãos de
ervas, tu ama-de-leite fina,
Deixa-me
prontos os lençóis terrosos
E o
edredom de musgos escardeados.
Vou
dormir, ama-de-leite minha, deita-me.
Põe-me
uma lâmpada a cabeceira;
Uma
constelação; a que te agrade;
Todas
são boas: a abaixa um pouquinho
Deixa-me
sozinha: ouves romper os brotos...
Te
embala um pé celeste desde acima
E um
pássaro te traça uns compassos
Para
que esqueças... obrigado. Ah, um encargo:
Se ele
chama novamente por telefone
Diz-lhe
que não insista, que sai...
Alfonsina Storni Martignoni nasceu em
Sala Capriasca, Suíça em 22 de maio de 1892, imigrando com os seus pais
Alfonso Storni e Paulina Martignoni e seus irmãos Romeo e Mary para a província
de San Juan na Argentina em 1896.
Com 12 anos Alfonsina escreveu seu
primeiro poema.
Em 1901, muda-se para Rosario (Santa
Fé), onde tem uma vida com muitas dificuldades financeiras. Trabalhou para o
sustento da família como costureira, operária, atriz e professora.
Seus poemas são incisivos e eficazes,
podendo ser considerada para a época em que viveu, uma feminista.
Aos 20 anos é mãe de quem será seu
único filho, Alejandro, sendo seu companheiro inseparável.
Descobre-se portadora de câncer no seio
em 1935. O suicídio de um amigo Horacio Quiroga, em 1937, abala-a
profundamente.
Em 1938, três dias antes de se suicidar, envia de um hotel de Mar del Plata para um jornal, o soneto “Voy a Dormir”.
Em 1938, três dias antes de se suicidar, envia de um hotel de Mar del Plata para um jornal, o soneto “Voy a Dormir”.
Consta que suicidou-se andando para
dentro do mar — o que foi poeticamente registrado na canção "Alfonsina y
el mar", gravada por Mercedes Sosa.
Seu corpo foi resgatado do mar no dia
25 de outubro de 1938. Alfonsina tinha 46 anos.
OBRAS
- Dos farsas
pirotécnicas. Buenos Aires: Cabaut. Teatro.
- La inquietud del
rosal. Buenos Aires: Librería de La
Facultad, 1916. Poesía.
- El dulce daño. Buenos
Aires: Sociedad Cooperativa Editorial
Limitada, 1918. Poesía.
- Irremediablemente. Buenos
Aires: Sociedad Cooperativa Editorial
Limitada, 1919. Poesía.
- Languidez. Buenos
Aires: Sociedad Cooperativa Editorial
Limitada, 1920. Poesía.
- Ocre. Buenos
Aires: Babel, 1925. Poesía.
- Poemas de amor. Buenos
Aires: Porter, 1926. Poesía.
- Mundo de siete
pozos. Buenos Aires: Tor, 1934. Poesía.
- Mascarilla y
trébol. Buenos Aires: Mercatali, Impr., 1938. Poesía.
- Entre un par de maletas a
medio abrir y Las maneci. Buenos Aires: Ediciones Católicas
Argentinas, Tall. Graf. De, 1939. Discurso/Conferencia.
- Teatro infantil. Buenos
Aires: R.J. Roggero, 1950. Teatro.
- Cinco cartas y una
golondrina. Buenos Aires: Inst. Amigos del Libro
Argentino, 1959. Miscelánea.
- Obra poética completa.
Poesías completas. Buenos Aires: Sela, 1968. Poesía.
Fontes:
Máscaras.
Cada vez que ponho uma máscara para esconder minha
realidade, fingindo ser o que não sou, fingindo não ser o que sou, faço-o para
atrair o outro e logo descubro que só atraio a outros mascarados
distanciando-se dos outros devido a um estorvo: a máscara.
Faço-o para evitar que os outros vejam minhas
debilidades e logo descubro que, ao não verem minha humanidade, os outros não
podem me querer pelo que sou, senão pela máscara.
Faço-o para preservar minhas amizades e logo
descubro que, quando perco um amigo, por ter sido autêntico, realmente não era
meu amigo, e, sim, da máscara.
Faço-o para evitar ofender alguém e ser diplomático
e logo descubro que aquilo que mais ofende às pessoas, das quais quero ser mais
íntimo, é a máscara.
Faço-o convencido de que é o melhor que posso fazer
para ser amado e logo descubro o triste paradoxo: o que mais desejo obter com
minhas máscaras é, precisamente, o que não consigo com elas.
Gilbert Brenson-Lazan
domingo, 24 de julho de 2016
Por ti... Aprendi a viver em pleno vento!
Para
atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei.
Por
ti meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso.
Cá
fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo.
Por isso
com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento.
Sophia
de Mello Breyner Andresen
É proibido...
É proibido chorar sem
aprender,
Levantar-se um dia
sem saber o que fazer
Ter medo de suas
lembranças.
É proibido não rir
dos problemas
Não lutar pelo que se
quer,
Abandonar tudo por
medo,
Não transformar
sonhos em realidade.
É proibido não
demonstrar amor
Fazer com que alguém
pague por tuas dúvidas e
mau-humor.
É proibido deixar os
amigos
Não tentar
compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente
quando necessita deles.
É proibido não ser
você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não
te importam,
Ser gentil só para
que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que
gostam de você.
É proibido não fazer
as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e
fazer seu destino,
Ter medo da vida e de
seus compromissos,
Não viver cada dia
como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir
saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos,
seu sorriso, só porque seus
caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado
e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar
compreender as pessoas,
Pensar que as vidas
deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um
tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar
sua história,
Deixar de dar graças
a Deus por sua vida,
Não ter um momento
para quem necessita de você,
Não compreender que o
que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar
a felicidade,
Não viver sua vida
com uma atitude positiva,
Não pensar que
podemos ser melhores,
Não sentir que sem
você este mundo não seria igual.
Alfredo Cuervo Barrero
(Art
by Jeanne Lorioz)
Dois horizontes fecham nossa vida!
Dois horizontes fecham nossa vida:
Um horizonte, — a saudade
Do que não há de voltar;
Outro horizonte, — a esperança
Dos tempos que hão de chegar;
No presente, — sempre escuro,—
Vive a alma ambiciosa
Na ilusão voluptuosa
Do passado e do futuro.
Os doces brincos da infância
Sob as asas maternais,
O voo das andorinhas,
A onda viva e os rosais;
O gozo do amor, sonhado
Num olhar profundo e ardente,
Tal é na hora presente
O horizonte do passado.
Ou ambição de grandeza
Que no espírito calou,
Desejo de amor sincero
Que o coração não gozou;
Ou um viver calmo e puro
À alma convalescente,
Tal é na hora presente
O horizonte do futuro.
No breve correr dos dias
Sob o azul do céu, — tais são
Limites no mar da vida:
Saudade ou aspiração;
Ao nosso espírito ardente,
Na avidez do bem sonhado,
Nunca o presente é passado,
Nunca o futuro é presente.
Que cismas, homem? – Perdido
No mar das recordações,
Escuto um eco sentido
Das passadas ilusões.
Que buscas, homem? – Procuro,
Através da imensidade,
Ler a doce realidade
Das ilusões do futuro.
Dois horizontes fecham nossa vida.
Machado de Assis
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