“Estamos todos numa solidão e numa multidão
ao
mesmo tempo.”
Zygmunt Bauman
[...] Em tempos de Facebook e
Twitter não há desagrados, se não gosto de uma declaração ou um pensamento,
deleto, desconecto, bloqueio. Perde-se a profundidade das relações; perde-se a
conversa que possibilita a harmonia e também o destoar. Nas relações virtuais
não existem discussões que terminem em abraços vivos, as discussões são mudas,
distantes. As relações começam ou terminam sem contato algum. Analisamos o
outro por suas fotos e frases de efeito. Não existe a troca vivida.
O amor é mais falado do que
vivido. Vivemos um tempo de secreta angustia. Filosoficamente a angustia é o
sentimento do nada. O corpo se inquieta e a alma sufoca. Há uma vertigem
permeando as relações, tudo se torna vacilante, tudo pode ser deletado: o amor
e os amigos...
Ler mais:
http://www.contioutra.com/nao-me-delete-por-favor
Ótimo artigo da CONTI outra, escrito por Luciana Chardelli, carioca, jornalista, escritora e advogada pós graduação em Direito Penal e Processual Penal. É autora do livro "Penso, logo insisto. Um desencontro." Escreve também na Revista Obvious.
ResponderExcluirNo tocante às relações virtuais, identifiquei-me completamente, para minha tristeza, claro! Vivenciei a experiência. E como tal, serviu para eu entender e aceitar que tudo passa, tudo chega, tudo se transforma.