Devemos criar os filhos para o
mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa
idade, só valem conselhos. Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta
postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de
nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando
fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem
pelas escolhas que recomendamos.
Então, filho é um ser que nos
emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de
como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de
aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem
que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza
de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso,
recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu
acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios,
donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para
crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a minha
dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos
e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos… e eles, não
se esqueçam, são do mundo!
Volto para casa ao fim do plantão,
início de férias, mais tempo para os filhos, olho meus pequenos pimpolhos e
penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo.
O problema é que meu coração já é deles.
É a mais concreta realidade. Só
resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao
lado das nossas ‘crias’, que mesmo sendo ‘emprestadas’ são a maior parte de nós
!!!
❝
A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver. ❞
Autoria
Desconhecida.
Nenhum comentário :
Postar um comentário