Por Luiza
Fletcher
Eu precisei de você.
Eu precisei de você para me acalmar, para
segurar minha mão, para enxugar as lágrimas do meu rosto, me puxar para um
daqueles enormes abraços que jogam a tristeza para fora do corpo. Eu precisei
de você para me ouvir. Para tentar entender. Eu precisei de você por mil
pequenos momentos de medo e frustração, para colocar meu cabelo para trás do
meu rosto e me prometer que eu era mais forte do que parecia, e que eu iria
superar por isso.
Mas você não estava
lá.
Eu acho que pensei
que você fosse perfeito. Eu te valorizei muito, pensando que você estaria
sempre lá quando chamasse, não
importa onde ou quando. Eu acho que não foi justo.
Depositei toda a
minha esperança em você, pensando que poderia me salvar. Mas eu não estou com
raiva por você ter feito o contrário. Porque eu fui forçada a me salvar.
Percebo agora que eu estava sendo egoísta, pedindo-lhe para largar tudo em sua vida para estar lá para mim. Eu acho que sou a única que precisa se arrepender. Desculpe a amargura que senti por você. Desculpe a raiva. Desculpe-me por ficar tão frustrada com você, porque você não poderia ser o que eu precisava.
Eu sinto muito por culpar você quando não havia
o que fazer.
E eu te perdoo por
me deixar, porque agora entendo que não era responsabilidade sua, não era sua
batalha.
Eu precisava aprender a sobreviver, manter
minha cabeça acima da água. Eu precisava aprender o que significava ser forte,
verdadeiramente forte. E eu precisava aprender essas coisas por conta própria.
Eu precisava
aprender a orar, em vez de atribuir a alguém o papel de meu salvador.
Então, obrigada por não estar aqui.
Por alguma razão para não estar por perto, por
qualquer reviravolta que ocorreu em sua vida para afastá-lo de mim, obrigada
por não estar disponível. Por me deixar enfrentar isso sozinha.
Estou mais forte
agora. Eu sou capaz. E embora tenha partido meu coração, eu te perdoo. Porque
eu sei que você é imperfeito, que não pode ser meu tudo, e eu te amo, ainda.
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